segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O vasto conhecimento das entidades ciganas

Por Claudia Baibich

O trabalho da linha dos ciganos na Umbanda ficou muito associado à consultas oraculares e magias para prosperidade. E essa associação é relevante. Mas o trabalho de cura realizado por muitos ciganos não é devidamente estimulado por dirigentes.
Esses espíritos são profundos conhecedores sobre o uso de ervas e cristais; banhos de todos os tipos; o uso curativo das cores; imposição de mãos; magnetizações; harmonização emocional; radiestesia; telepatia, hipnose; entre outras técnicas terapêuticas alternativas, que fortalecem energeticamente o indivíduo, ajudando e muito nos tratamentos médicos convencionais.

Ocorre que os médiuns das entidades ciganas devem estar preparados para  facilitar o trabalho da entidade. Isso quer dizer, devem estudar, aprimorando seu conhecimento.

Se a entidade optou em trabalhar com oráculos (baralho cigano, tarot, runas..) cabe ao médium estudar um pouco esses oráculos.
Se a entidade trabalha mais com magias, o médium deve aprender a conhecer essa arte, para poder ser um médium magista mais preparado.
Se a entidade quer fazer trabalhos de cura, o médium deverá conhecer mais sobre as terapias alternativas, fitoterapia, fluidoterapia, magnetismo, etc.

A umbanda tem crescido grandemente nos últimos anos, com muitos jovens interessando-se em desenvolver sua mediunidade, consulentes procurando uma alternativa para os problemas que não têm conseguido resolver sozinhos, assistentes animados que gostam da umbanda e vão levar o seu respeito às entidades, etc. Há ainda um grupo de novos frequentadores: os curiosos que têm ouvido ou lido a respeito da religião e resolveram ver como é que é mesmo.

Outro fenômeno é o da migração: médiuns kardecistas que migram para umbanda; médiuns de cultos afro que querem cultuar os Orixás dentro dos conceitos umbandistas; adeptos do paganismo, principalmente wiccanianos; e até médiuns que não se enquadram em nenhuma religião, os ditos espiritualistas, que dizem que não incorporam e nem psicografam, dizem que canalizam mensagens de seus guias e mestres. Apenas para não parecer partidária demais, quero citar que o fenômeno de migração se dá em mão dupla, ou seja, umbandistas também migram para o budismo, hinduísmo, protestantismo, etc.

Vivemos numa época em que um médium praticante de qualquer doutrina ou culto não pode mais "deixar tudo por conta da entidade". O trabalho é conjunto, troca, dedicação e disciplina. Nós médiuns temos que aprimorar não apenas nossa capacidade mediúnica, mas também nossa conduta moral e aprimoramento intelectual. E temos que fazer isso com compromisso e principalmente com amor. 
Meu Pai de Santo sempre diz que nós, os médiuns é quem somos os mais necessitados, e não os consulentes que vêm nos procurar. Isso resume o conceito umbandista de caridade e doação.
Então vamos trabalhar com "nossos ciganos e ciganas" de modo mais completo. Converse mentalmente com seu cigano ou cigana, pergunte sobre como ele/ela deseja trabalhar e o que você deve  fazer para a realização desse trabalho.
Afinal o nomadismo desse povo possibilitou o contato, troca e assimilação de conhecimentos  em diferentes culturas em todo o mundo.
Ciganos são bem mais que oráculos, pulseiras, perfume, roupas coloridas, leques, etc.

Claudia Baibich

Ciganos, maioria absoluta do alvo preconceituoso - parte I

Por Claudia Baibich

Atualmente vemos movimentos em todo o mundo debatendo todo tipo de preconceito e um crescente sentimento de aceitação das diferenças. Mas muitos de nós, continuamos com nossos preconceitos enraizados e não os assumimos, para que sejamos vistos como politicamente corretos.

Segundo a Enciclopédia Internacional de Ciências Sociais (apud Grupioni, 1995, p. 484), o preconceito é uma “opinião não justificada, de um indivíduo ou grupo, favorável ou desfavorável, e que leva a atuar de acordo com esta definição”. O preconceito gera a discriminação, que é o “tratamento desfavorável dado arbitrariamente a certas categorias de pessoas ou grupos, que pode ser exercido de forma individual ou coletiva, sobre um indivíduo ou um grupo de pessoas” (Grupioni, 1995, p. 484).

Todos temos preconceitos, fomos educados num mundo separatista, onde ideologias religiosas e elitistas tentam sobrepor-se umas às outras.
Um homossexual que luta por seus direitos, muitas vezes tem preconceito em relação a um negro. Como um negro bem sucedido também pode ter preconceito em relação à uma pessoa que considere pobre ou miserável. O intelectual que teoriza sobre a defesa das minorias, pode ter preconceito em relação ao rapaz que trabalha pesado, vai ao baile funk e gosta  filme trash.
A questão é tão presente e profunda que mesmo entre grupos que consideram-se vítimas de preconceito, existe o preconceito, vamos aos exemplos:

Cristãos têm preconceito em relação aos que consideram pagãos ou hereges, mas entre cristãos, há dissidência e intolerância como entre católicos e evangélicos.

Médiuns, que são alvos constantes de ataque ou ironia tanto por religiosos quanto por psiquiatras, têm preconceitos uns com os outros. O Kardecista radical acha os ritos umbandistas atrasados. O umbandista radical acha os ritos candomblecistas inferiores pelo uso do sangue. Os candomblecitas acham os ritos pagãos da velha religião inferiores ao seu. Wiccanianos radicais acham o candomblé primitivo.
E vai por aí afora. Isso sem falar que dentro de uma mesma religião, também existe preconceito, inaceitações rituais e dissidências: umbandistas que seguem a umbanda esotérica, têm ritos e liturgias bem diferentes dos que seguem a Umbanda Omolokô, por exemplo. E mesmo entre os que seguem a mesma religião e a mesma linha interpretativa, ocorre o preconceito tipo o meu grupo (templo, terreiro, igreja) é melhor que o outro.

Todos nós, podemos ser categorizados como rotos falando do esfarrapados.
E que atire a primeira pedra, quem disser: Eu não tenho nenhum tipo de preconceito! Digo-lhes : Mentira! - Faça um trabalho de autoquestionamento e verá montões de preconceitos travestidos de "ideologias" ou "preferências".

O grande problema do preconceito é a teorização elitista que fundamenta a sua prática. Ora, se eu estou certo, e aquele sujeito errado, o errado deve ser banido para que a raça humana torne-se melhor. Ou os indivíduos "inferiores" devem ser tratados como tal, tendo talvez, o privilégio de servir aos "superiores" a ele. Essas ideologias patéticas fundamentam e justificaram atos extremos de violência na história e ainda o fazem.
Então o objeto de combate não é o fenômeno do preconceito e sim as ideologias que o sustentam. O preconceito gera intolerância e rivalidade.

O grupo campeão absoluto, em todas as modalidades, de sofrer preconceito, é o  dos ciganos. São considerados sujos, vagabundos, bêbados, ladrões, etc. E sofrem esse preconceito, não só pelos grupos dominantes, como também, por membros das minorias perseguidas, citadas acima. Por serem alvos de preconceitos por praticamente todos os que não são ciganos - os gadjé, são verdadeiramente uma minoria absoluta e seriamente ameaçada.

É absolutamente necessário e urgente políticas pró-ciganos em todo o mundo, com leis tratando e amparando, se não, os direitos como cidadãos natos de uma determinada pátria, os direitos humanos.

Na constituição da República Federativa do
Brasil promulgada em 1988 existem alguns artigos que por extensão podem também ser aplicados
aos ciganos.
No artigo 3° evidencia-se como um dos objetivos fundamentais da República Federativa
do Brasil a promoção do bem a todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação. No artigo 5° está escrito que todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no
país, inviolabilidade de direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Desta
maneira, observa-se na Constituição Brasileira o direito a não-discriminação, o que na maioria das
vezes só fica na teoria.
Ainda no artigo 5º percebe-se o direito à livre locomoção no território nacional em tempo
de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com
seus bens. Esse, provavelmente, é o direito mais importante para a maioria dos ciganos, o direito
à livre locomoção.
Nota-se, portanto, na Constituição brasileira a garantia de alguns direitos que cabem
também aos ciganos. Porém, na prática, conforme já foi mencionado, muitos destes direitos são
constantemente ignorados e violentado ( Ademir Divino Vaz em "Um Território Cigano)
Ocorre que entre grupos ciganos em todo o mundo, ou no mesmo território, existe preconceitos em relação à origem, tradição, cultura e status social.
Creio que os ciganos, embora já existam associações e alguns movimentos próprios do grupo, em relação aos seus direitos, devem unir-se de modo mais efetivo e prático.


Os Principais Grupos Ciganos

Atualmente existe um sem-número de grupos e subgrupos ciganos, sendo os mais expressivos no presente os seguintes:

Rom ou roma propriamente ditos, presentes na Europa centro-oriental e, a partir do século XIX, também em outros países europeus e nas Américas;
Sinti, encontrados na Alemanha, bem como em áreas germanófonas da Itália e da França, onde também são chamados manoush;

Kalon - Os componentes deste grupo fixaram residêcnia especialmente na Espanha e Portugal, onde sofreram severas perseguições, pois sendo estes países profundamente católicos e conservadores, não podiam admitir os costumes ciganos, tanto que foram proibidos de falar seu idioma, usar suas vestes típicas e realizar festas e cerimônias segundo suas tradições. O que os ciganos sofreram na Península Ibérica, lembra de certa maneira o que s negros sofreram em terras do Brasil.
Os ataques da realeza ao grupo Kalon foram tão rigorosos, que ele foi obrigado a criar dialeto, mescla de seu próprio idioma com o português e o espanhol, em particular em Portugal, onde as proibições não foram verbais, mas determinadas por decreto do rei D.João V. Apesar de todos os sofrimentos o Clã Kalon sobrevive até os dias atuais, sendo um dos grupos que mais fielmente segue as tradições ciganas. Tem-se que os Kalons originaram-se do antigo Egito.

Moldávio - De pele mais clara e olhos azuis, este grupo originou-se em terras da Rússia, tendo de enfrentar os rigores do inverno russo em suas precárias carroças. Sob as pesadas roupas e capotes escuros mal reconhecemos sua origem cigana. A denominação moldávio vem da palavra Moldávia, república da Europa Central, que chegou a fazer parte do Império Russo e da antiga URSS. Há poucas diferenças entre o dialeto moldávio e o romeno; contudo, distinguem-se fortemente na escrita, uma vez que o moldávio adoou o alfabeto cirílico (Dicionário aurélio).

Horananô - Surgiram em terras turcas e se destacaram em especial como grandes criadores de cavalos. Os integrantes deste grupo chegaram ao Brasil bem depois do grupo Kalon, somente no final do século XVIII.

Karderash e Matchuaya - Os ciganos do grupo karderash são originários da Romênia e da antiga Iuguslávia, o berço dos Matchuaya. Ambos os grupos chegaram ao Braisl no final do século XVIII. Os primeiro s ciganos a chegarem no Brasil eram do grupo Kalon e vieram de Portugal em meados do século XVII. Portugal, necessitando de mestres de forja no Brasil, enviou-os para cá para que fabricassem ferraduras, armamentos e ferramentas. Faziam também artesanalmente utensílios domésticos, alambiques para o fabrico da cachaça, famosos até hoje por sererm extremamente bem feitos e resistentes. (dados de culturacigana.com)

Romnichals, principalmente presentes no Reino Unido, inclusive colônias britânicas, nos Estados Unidos e na Austrália.

Claudia Baibich

Crédito de imagens
http://holocausto-doc.blogspot.com/2010/08/ciganos-historia-preconceito.html
http://signogitana.wordpress.com/2009/01/07/como-e-ser-cigana-no-seculo-xxi/

sábado, 12 de novembro de 2011

Estudo do baralho cigano: o arquétipo da lua


Por Claudia Baibich

Bella Luna...
Sou e sempre fui apaixonada pela lua, pelo luar, mesmo em noites de lua nova, onde ela nos priva da visão de sua face.
A lua deve ser sentida e não explicada.
Quantos amores, paixões e tormentas ela já presenciou e misteriosamente os guardou para si?
Falar da lua como arquétipo implica diretamente em falar do feminino, do sensível, do subjetivo, profundo e inacessível.

O ASTRO
Satélite natural da Terra e facilmente observada a olho nu, principalmente quando está mais próxima (perigeu). (O apogeu é quando está mais distante da Terra).
Realiza simultaneamente os movimentos de translação (em torno da Terra)  e rotação (em torno de seu próprio eixo), tendo sempre a mesma face voltada para a Terra. (não confundir a mesma face com a mesma fase, pois embora tenha sempre a mesma face voltada para a Terra, seu alinhamento entre a Terra e o sol, resulta em um efeito luminoso diferente ao longo do mês. Ou seja a face é a mesma, mas como se mostra (iluminada) para nós (Terra) é diferente, resultando nas 4 FASES LUNARES ).

sábado, 10 de setembro de 2011

TERMOS CIGANOS





• Nais tuke - obrigada
• gestena - obrigada
• Me Volis Tu - Eu te amo
• Kamav tu - Te amo
• murri shukar - minha linda
• tchumidau thio ilo - beijo no seu coração
• morro volá - meu amor
• O Manusha Khevelan tut! -O povo te faz dançar
• Bartai Sastimos - boa sorte e boa saúde
• Devlessa Araklam Tume ! - (É com Deus que te encontro!)
• Thie Aves Thiatlô Lom, Manrô Tai Sunkai!
• Que você seja abençoado com o sal, com o pão e com o ouro!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Os ciganos e o Nazismo

O extermínio dos ciganos pelos nazistas é um drama pouco reconhecido e a consciência europeia não pode esquecer de tal dor, afirmou o Papa Bento XVI, ao receber neste sábado, no Vaticano, 2.000 ciganos de toda a Europa.


"A consciência europeia não pode esquecer tal dor. Que nunca mais seu povo sofra vexames, rejeição e desprezo!", exclamou o Papa no transcurso da histórica visita.


"Milhares de mulheres, homens e crianças foram exterminados de maneira bárbara nos campos de concentração", recordou Bento XVI ao receber o grupo de ciganos no Salão Paulo VI do Vaticano.


"Seus filhos têm direito a uma vida melhor", afirmou o Papa, que incentivou os ciganos a colaborar com a Europa.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Estudo do baralho cigano: o arquétipo da serpente

Por Claudia Baibich

O que você sente quando pensa em uma serpente?
A maioria absoluta irá sentir medo ou repulsa.
Muitos são os animais que oferecem riscos de morte, mas por que a serpente nos causa tamanha aflição?
Essa angústia poderia ser entendida como uma reação arcaica, ancestral e incosnsciente.
Mas creio que sua associação com sexualidade e traição, seja o motivo dessa rejeição absoluta a esse animal

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ciganos são heterogéneos e diferenciam-se entre si

Com maior ou menor intensidade, os ciganos continuam a ser vítimas de preconceitos e a ser estigmatizados pelos não ciganos, um pouco por todo o lado, dando-se assim azo a um afastamento e falta de interacção. Contudo, esta realidade também existe dentro da própria comunidade cigana, que é “muito heterógenea”, sendo que há grupos que se diferenciam entre si e negam a autenticidade da identidade cigana a outros.
Este cenário foi registado por Lurdes Nicolau, doutoranda da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que nos últimos cinco anos investigou a vida de pessoas de etnia cigana, nomeadamente no concelho de Bragança. Neste estudo, a também professora de ensino básico propôs-se “a conhecer o grupo étnico cigano que maioritariamente se encontra em Trás-os-Montes e compreender a interacção que o mesmo estabeleceu com a população maioritária, tanto no meio local -urbano e rural -, como no que concerne à instituição escola”.
Em declarações ao «Ciência Hoje», Lurdes Nicolau explicou que este estudo surgiu depois de ter constatado que “os ciganos de Pamplona [onde deu aulas a crianças desta etnia] eram diferentes dos que conhecia em Trás-os-Montes”. Ao investigar sobre o assunto, deparou-se com “a inexistência de bibliografia científica acerca dos ciganos desta região portuguesa”, pelo que decidiu “inteirar-se da situação e perceber qual a situação do nordeste transmontano”.
Lurdes Nicolau
Lurdes Nicolau
Esta foi também uma forma que a aluna da UTAD encontrou para “’desomogeneizar’ os ciganos de Portugal”, na medida em que eles são diferentes entre si. “Não vamos generalizar. Devemos tratá-los como indivíduos e não como um só grupo”, alertou. “Temos preconceitos e criamos estereótipos. Também os tinha quando comecei a contactar com eles, mas há de tudo. Se os excluirmos, cada vez ficam mais excluídos, pelo que é preciso desmontar preconceitos acerca deles”, disse ainda.
Gitanos e Chabotos
Esta investigação permitiu verificar que, em Trás-os-Montes, há dois grupos que se auto-diferenciam entre si, através de aspectos culturais, religiosos, económicos, físicos, morais e linguísticos. Trata-se dos Gitanos, grupo maioritário e que corresponde aos feirantes, e dos Chabotos, que outrora eram “’ambulantes’”. São estas as denominações que cada um dos grupos atribui ao outro, sendo que ambos se auto-denominam ciganos.
De acordo com Lurdes Nicolau, nenhum deles reconhece o outro como cigano, não havendo assim qualquer tipo de interacção. “Pelo contrário, as fronteiras estão bem demarcadas, de forma que locais frequentados por uns são evitados pelos outros”, reforçou. Além disso, atribuem características distintas aos demais.
“Os Gitanos são muito agressivos, de acordo com os Chabotos. Já estes são muito sujos, de acordo com os primeiros”, exemplificou.

 
Nesta zona transmontana também foi identificado outro grupo de ascendência cigana: os caldeireiros. “Devido à falta de elementos no seio do próprio grupo, casaram com aldeanas e, na actualidade, perderam ou omitem os elos com os seus ancestrais. Também eles eram ‘ambulantes’ e desenvolveram um dialecto que denominam ‘latim’ e, segundo os mesmos, difere do que falam os Chabotos e os Gitanos”, explicou a investigadora.
Do meio urbano ao rural
Os ciganos que hoje vivem nos meios urbano e rural eram, até há 30 anos, do mesmo grupo. Segundo a professora, “quando começaram a sedentarizar-se é que se separaram”, vivendo agora em realidades distintas.
Aqueles que vivem nos três bairros urbanos estudados, enfrentam “condições de extrema pobreza” e “vivem isolados nos bairros, sem relações inter-culturais e sociais”. Contudo, Lurdes Nicolau sublinhou que esta realidade não deve ser generalizada e corresponde apenas ao foco do seu estudo, podendo por isso haver outros ciganos do meio urbano que vivem noutros moldes. “Há alguns com boas condições, não vamos tipificar”, sendo que ela própria é conhecedora de exemplos disso.
Nas aldeias, as condições sócio-económicas são também precárias, mas “algumas casas são razoáveis”. No entanto, alguns ciganos estão bem integrados.

afirmou, sublinhando que noutras localidades já eram excluídos, pelo que ciganos e não ciganos tinham o seu próprio espaço, “não se misturando”.

 
“Numa das aldeias, dos nove agregados estudados, seis eram mistos, o que é sinal de interacção e integração”,
Quanto à escola, Lurdes Nicolau constatou “o que se verifica ao nível nacional e internacional”, disse, explicando que “no ensino básico há uma grande concentração de alunos de etnia cigana, mas a partir daí os números baixam, dados o abandono escolar e o absentismo muito altos”. Para demonstrar a discrepância relativamente à restante população, a investigadora referiu que, em Bragança, o insucesso escolar dos alunos ciganos está estimado em 45 por cento, enquanto a taxa para os restantes alunos é de 1,7 por cento.

Por Carla Sofia Flores

quinta-feira, 30 de junho de 2011

CIGANOS FAMOSOS

Artistas

França
Micaela Amaya Flores "La Chunga" (Marselha, 1938)
Apesar de "La Chunga" é conhecido mundialmente como um dançarino de Flamenco (Flamenco e os artistas não estão incluídos nesta página), sua menção aqui é como um pintor romani. Grown-up, em Barcelona, foi primeira bailarina talentosa desde a infância, e depois ela começou a pintar por inspiração espontânea. Seu "brilhante" estilo naïf foi elogiado por Picasso, que disse sobre ela: "Como pode ser possível que uma garota Gipsy sem estudos expressa como uma sensibilidade e cores em seus quadros ...". Ela também contou como atriz de cinema. Ela foi agraciada com a Medalha de Ouro do Círculo de Belas Artes de Madrid, e outros prêmios.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ciganos: Igreja lamenta exclusão



Lisboa, 23 jun 2011 (Ecclesia) – O diretor executivo da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos (ONPC), Francisco Monteiro, defendeu que a União Europeia (UE) “não pode viver com a sua maior minoria, os ciganos, no estado de pobreza, miséria e exclusão”.

Em declarações à Agência ECCLESIA, a propósito do Dia Internacional do Cigano, que se assinala esta sexta-feira, o responsável da Igreja Católica saudou o recente projeto da Comissão Europeia para estas comunidades.

No documento, apresentado na Bulgária nesta terça-feira, pede-se aos governos europeus que apresentem até ao final do ano estratégias nacionais destinadas às comunidades ciganas para a "educação, emprego, saúde e habitação".

Para o diretor executivo da ONPC “é preciso alterar as mentalidades, incluindo as mentalidades dos ciganos”.

Segundo Francisco Monteiro, os progressos “não têm sido suficientes” e o “dinheiro investido não tem alterado a forma de viver dos ciganos: habitação, educação e emprego”.

Olhando para a realidade atual, este responsável considera que a “extrema-direita” e “as novas elites dos antigos países comunistas” causam dificuldades à inclusão dos ciganos e “tentam excluí-los”.

Em Portugal, um dos maiores problemas desta etnia é a habitação porque “muitas câmaras municipais não fazem nada para realojar os ciganos”, lamenta.

Segundo Francisco Monteiro, das “300 e tal mil pessoas que recebem o rendimento mínimo”, da etnia cigana “não são mais de 50 mil” que o recebem.

Quando se fala nos números, “existem muitos balões de racismo e discriminação” que “prejudicam, enormemente, os ciganos”, denuncia.

Com a constituição de um novo governo, o dirigente da ONPC espera que haja “uma alteração no panorama anticigano”.

A 11 de junho, Bento XVI recebeu uma delegação europeia de diversas etnias ciganas e Rom, onde estava incluído um grupo de portugueses.

Francisco Monteiro recorda que o Papa enfatizou uma “tendência de anticiganismo que existe na Europa”.

LFS
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=86263
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sábado, 11 de junho de 2011

Ciganos: Papa apela ao fim das perseguições





AFP | Imagens da audiência de Bento XVI
com representantes das comunidades ciganas
Cidade do Vaticano, 11 jun 2011 (Ecclesia) – Bento XVI recebeu hoje no Vaticano uma delegação europeia de diversas etnias ciganas e Rom, diante da qual pediu o fim das perseguições a estas comunidades, lembrando em particular o seu extermínio durante a II Guerra Mundial.

“Que nunca mais o vosso povo seja objeto de opressão, de rejeição e de desprezo! Pela vossa parte, procurai sempre a justiça, a legalidade, a reconciliação e esforçai-vos por nunca ser causa de sofrimento para os outros”, disse o Papa.

Evocando a sua visita ao campo de concentração nazi de Auschwitz, em 2006, Bento XVI aludiu aos “milhares de mulheres, homens e crianças” de etnia cigana que ali foram “barbaramente mortos”, naquilo que os ciganos chamam de ‘Porrájmos’ – a grande devoração.

Para o Papa alemão, este é “um drama ainda pouco reconhecido, do qual ainda dificilmente se medem as proporções”.

"A consciência europeia não pode esquecer tanta a dor", apontou.

O encontro foi promovido pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, contando com a presença de uma cigana e três ciganos portugueses, das dioceses de Setúbal, Viana do Castelo, Guarda e Lisboa, acompanhados pelo diretor executivo da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos, Francisco Monteiro.

O Papa disse que a história deste povo é “complexa e, em muitos períodos, dolorosas”, recordando que até hoje permanece “sem pátria”.

“Persistem problemas graves e preocupantes, como as relações muitas vezes difíceis com as sociedades nas quais viveis. Ao longo dos séculos, conhecestes o sabor amargo do não acolhimento e das perseguições”, declarou aos participantes.

Bento XVI admitiu que hoje a “situação está a mudar”, com novas oportunidades para os ciganos e o reconhecimento de uma “cultura de expressões significativas” que “enriqueceu a Europa”.

Esse mesmo continente, “que reduz as fronteiras e e considera a riqueza da diversidade dos povos e das culturas”, convida o povo cigano a “escrever uma nova página na história”.

A audiência foi o primeiro ato da peregrinação dos ciganos europeus ao Santuário de Nossa Senhora do Amor Divino, em Roma, por ocasião dos 150 anos do nascimento do beato cigano Zeferino Giménez Malla (El Pelé) [1861-1936], e dos 75 anos do seu martírio.

Bento XVI convidou os presentes a seguir o exemplo do beato Zeferino, de forma a evitarem os “riscos” levantados pelas “seitas ou outros grupos” junto das comunidades católicas ciganas.

“A Igreja caminha convosco e convida-vos a viver segundo as exigências do Evangelho, confiando na força de Cristo, rumo a um futuro melhor”, concluiu o Papa.

Em nosso país, vivem cerca de 800 mil nômades. Desde sua chegada ao Brasil, a população cigana tem vivido uma realidade de rejeição, alimentada pela falta de conhecimento da sua cultura, das suas características e do seu modo de vida próprios. Embora usufruindo da cidadania no país, os ciganos, em sua maioria, são considerados cidadãos de segunda classe.


A Igreja no Brasil tem procurado viver esta experiência, buscando caminhos para ajudar os ciganos a encontrarem cada vez mais a sua dignidade, para que possam usufruir dos diretos que todo ser humano tem, independente de sua etnia.


Para isso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil criou a Pastoral para os Nômades, cujo presidente é o bispo de Eunápolis, na Bahia, Dom José Edson Santana Oliveira. Ele conversou com a RV e nesta reportagem, analisa as dificuldades de integração, o seu sentir 'cidadãos do mundo' e os preconceitos da sociedade em geral em relação a esta comunidade.
(CM)
OC
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=86104
http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/articolo.asp?c=494223

terça-feira, 7 de junho de 2011

Wlad, os prisioneiros do destino



Chega ao mercado editorial uma nova opção de leitura para os apreciadores de livros espiritualistas. “Wlad, os prisioneiros do destino” de Lara Orlow, lançado pelo Clube de Autores.

Estimando-se 2,5 milhões de brasileiros adeptos ou interessados em temas Espiritualistas e considerando uma época onde filmes como “Chico Xavier” e “Nosso Lar” tornam-se campeões de bilheteria, “Wlad” é uma opção agradável e surpreendente.

“Wlad, os prisioneiros do destino” é ambientado na Hungria da Idade Média, tem como personagem principal Wlad, o maior líder cigano da época, que empreendeu uma jornada épica, atravessando toda a Europa com seu clã, com a finalidade de encontrar um local seguro e livre de preconceitos, onde pudessem fixar moradia. Enquanto acontecem magias transcendentais, perseguições religiosas, traições cruéis e paixões arrebatadoras, planos obscuros são traçados no mundo espiritual e somente a união de todo o grupo poderá salvá-los de tornarem-se prisioneiros do destino.

Vale a pena conferir!


Resenha

Seus olhos penetrantes eram capazes de atrair qualquer ser, fosse deste mundo ou não. Era de um tal magnetismo que era quase impossível resistir ao seu encanto. As pessoas lhe seguiam, não só por seus ideais revolucionários mas também por sua personalidade inigualável. Seu nome era Wlad!


Um jovem cigano, nascido na Hungria, durante o século XV ao final de um rigoroso inverno, filho de Zolrac, o líder do maior clã cigano da idade média. Ainda em tenra idade herdou de seu pai a responsabilidade de guiar seu povo a um novo destino.


Tirá-los da clandestinidade, extinguir a mendicância, suprí-los para sua grande jornada, ensinar os mais jovens o amor às suas origens e tradições, lutar contra a descriminação, inserir-se socialmente, e, o mais importante, mantê-los unidos: essas eram suas metas.


Para dar início aos seus planos, era importante fugir do leste europeu, onde os ciganos eram escravizados e seguir para algum país além-mar que ainda não conhecesse o povo cigano. Para tal era necessário empreender uma longa jornada e contar, não só com sua sorte, mas também com o auxílio da magia. A travessia seria longa, mas os espíritos ancestrais os guiariam.


Wlad, apesar de jovem, era vigoroso, astuto e cativante, em sua alma havia uma marca ambígua que atrairia para si fiéis seguidores e odiosos inimigos. Sua audácia era tamanha, que o levou ao representante máximo da religião dominante na Europa medieval: Sua Santidade, o Papa. Com uma retórica impecável conseguiu um salvo-conduto que permitiria ao seu povo uma travessia segura e confiante.


O que o jovem cigano não imaginava é que apesar de tanta dedicação para com os seus, sua empreitada acabaria por provocar a ira dos nobres, resultando na perseguição que os levaria ao desfecho final da maior tragédia ocorrida com o povo cigano. A perseguição do Tribunal do Santo Oficio – A Inquisição.


Será que Rosana, a feiticeira, seria capaz de proteger todo o clã da nobre maldade européia medieval, escondendo-os sob o manto negro de Sarpa, o Senhor dos Senhores?


Magia e mistério, sonho e fantasia, ficção e realidade.
A saga do maior líder cigano do século XV.
Amor, magia e traição.

O livro encontra-se à venda no site Clube de Autores e na loja virtual da Livraria Cultura.
Valor R$ 38,90
ISBN-13: 9788591015108
Brochura - 21 x 14 cm 1ª Edição - 2009
Número de páginas: 310

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ciganos: falta de políticas públicas ainda é desafio para o governo

Brasília – A falta de políticas públicas específicas para a população cigana, estimada em 800 mil pessoas, é hoje o maior desafio do governo federal para melhorar a qualidade de vida desses povos, respeitando as peculiaridades culturais. Entre as poucas ações governamentais adotadas recentemente está a instituição, em 2006, do Dia Nacional do Cigano, lembrado hoje (24 de maio). A data é uma homenagem à padroeira Santa Sara Kali.

No entanto, desde então, nenhuma ação ligada à educação, saúde e programas assistenciais para os ciganos foi implantada. “Não temos uma política para as comunidades ciganas, mas estamos trabalhando na perspectiva de ter”, afirmou a secretária de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria de Políticas e Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Ivonete Carvalho.

A ideia é que cada ministério defina ações e destine recursos para execução de políticas voltadas a esses povos. Os ciganos têm representação no Conselho Nacional de Políticas de Igualdade Racial (CNPIR) e na Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. No entanto, os dois órgãos são apenas consultivos.

A ausência de políticas públicas é mais evidente entre as comunidades Calom que, até hoje, mantêm a cultura do nomadismo, mais por necessidade do que por apego à tradição. Essa realidade pôde ser constatada pela reportagem da Agência Brasil em visita a uma comunidade de 150 famílias recém-assentadas pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU), na zona rural da cidade de Planaltina, no Distrito Federal. Eles têm água e luz, mas ainda vivem em barracas, em meio à poeira vermelha típica do Cerrado.

Essa comunidade não dispõe de rede de esgoto e os banheiros são improvisados, com fossas. “Queremos fazer uma vila cigana aqui para os que vêm de fora, que trazem crianças, vêm de longe e não têm onde ficar”, diz o líder do acampamento, Elias Alves da Costa, que pensa em transformar os pouco mais de 2 hectares de terra de chão batido num centro de apoio para calons e ciganos de outros clãs.

Com o apoio da Associação Cigana das Etnias Calons do Distrito Federal, a comunidade está trabalhando para construir um banheiro coletivo que também poderá ser usado por famílias que estejam apenas de passagem pela região. Além disso, a associação negocia com o governo e a Caixa Econômica Federal a liberação de recursos para a construção de uma lavanderia e de um galpão para atividades culturais.

Paralelamente às iniciativas de entidades não governamentais, a Seppir afirma que também atua no sentido de melhorar a qualidade de vida dos ciganos mais pobres. Uma experiência foi a criação do Centro Calom de Desenvolvimento da População Cigana, no município de Souza, na Paraíba. De acordo com a Seppir, o espaço de 300 metros quadrados foi construído para que 600 famílias da região pudessem desenvolver atividades culturais e oficinas de geração de renda. No entanto, o local, que custou R$ 360 mil e foi concluído em 2009, ainda está vazio e não é utilizado.

Para o ex-subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos Perly Cipriano, que ocupou o cargo durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os programas governamentais voltados para os ciganos são executados de forma lenta. “O Poder Público tem uma lentidão em entender como são os povos ciganos. Eles têm muitos direitos aos quais não têm acesso. Os nômades, por exemplo, não recebem o Bolsa Família.”

Ele destaca a falta de acesso à educação como um dos principais problemas enfrentados pelos povos ciganos. Segundo Perly, um dos fatores que levam a essa situação é a própria condição de nômades. “É necessário que o Ministério da Educação, os prefeitos e as autoridades comecem a estabelecer uma política social adequada a essa realidade”, diz, destacando o grande número de adultos e crianças analfabetas.

Ivonete Carvalho, da Seppir, estima que a população cigana, no Brasil, ultrapasse os 800 mil, uma vez que a cultura nômade ainda persiste em muitas comunidades. Estima-se ainda que 90% dessa população sejam analfabetos. O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou a existência de acampamentos em 291 dos 5.565 municípios brasileiros. “Precisamos verificar agora a quantidade de famílias [ciganas] nesses municípios, quais as demandas dessas comunidades”, diz Ivonete.

Edição: Juliana Andrade e Lílian Beraldo
Daniella Jinkings e Marcos Chagas
Repórteres da Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-24/ciganos-falta-de-politicas-publicas-ainda-e-desafio-para-governo

terça-feira, 10 de maio de 2011

LIVRO O ROMANCEIRO CIGANO


Romanceiro cigano (Romancero gitano),publicado em 1928, contém dezoito poemas que tematizam aspectos da cultura dos ciganos da Andaluzia. O Romanceiro pode ser entendido no âmbito das trocas entre a cultura popular e a produção erudita, que ocasionou grandes obras no século XX, nas letras e nas outras artes. O livro é considerado um dos pontos altos da obra de García Lorca, e é também aquele que obteve a mais ampla acolhida do público. Além de poemas de matiz mais estritamente lírico, há aqueles narrativos, na tradição hispânica dos romances, formas de poesia narrativa de temática mais prosaica muito em voga nos séculos XVI e XVII.

Federico García Lorca (Fuente Vaqueros, Granada, 1898 - entre Víznar e Alfacar, Granada, 1936) foi um poeta e dramaturgo espanhol pertencente à Geração de 27, que congregou os poetas do modernismo na Espanha. Formou-se em Direito pela Universidade de Granada. Seu primeiro livro foi Impresiones
y paisajes (1918). Nos anos seguintes, residindo em Madri, publicou a peça El malefício de la mariposa (1920), o Livro de poemas e Poema del cante jondo (1921), a Oda a Salvador Dalí (1926) e o Romanceiro cigano (1928). Em 1929 vai para Nova York, onde fica até o ano seguinte, o mesmo em que publica o livro oriundo desta experiência, Poeta en Nueva York. Visita Cuba no mesmo ano e, em 1933, a Argentina, onde cuida da montagem de espetáculos pela companhia estatal de teatro La Barraca. Em 1935, publica um de seus poemas mais conhecidos, Llanto por Ignacio Sánchez Mejías. García Lorca foi executado aos 38 anos, quando eclode a Guerra Civil Espanhola, que entronizaria o general Francisco Franco, e os militares derrubam o governo da Segunda República Espanhola, de cujos quadros o poeta fazia parte como codiretor da companhia La Barraca.

Fábio Aristimunho Vargas (1977- ) é escritor, professor e advogado. Bacharel em Direito e mestre em Direito Internacional, ambos pela USP. Doutorando em Teoria Literária pela UFPR, na linha de pesquisa Estudos da Tradução. Autor dos livros de poesia Medianeira (São Paulo: Quinze & Trinta, 2005) e Pré-datados (São Paulo: Lumme, 2010). Organizador e tradutor da coleção Poesias de Espanha: das origens à Guerra Civil, em quatro volumes: Poesia galega, Poesia espanhola, Poesia catalã e Poesia basca (São Paulo: Hedra, 2009). Como tradutor publicou ainda La entrañable costumbre (Tlaquepaque: Mantis, 2008), do mexicano Luis Aguilar, e Canto desalojado (São Paulo: Lumme, 2010), do uruguaio Alfredo Fressia. Foi tradutor-residente na Universitat Autònoma de Barcelona com bolsa do Institut Ramon Llull para tradutores de literatura catalã (2009).

Autor: Garcia Lorca
Tradutor: Fábio Aristimunho Vargas
ISBN: 978-85-7715-23
Ano: 2011
Edição: 1ª
Páginas: 162

http://www.hedra.com.br/home/?PHPSESSION_HEDRA=sess&id=2&livro_id=356&area%5B%5D=catalogo&area%5B%5D=detalhes

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